8 Comentários

Adorei, um incômodo fortíssimo que estava sentindo nos últimos meses e que você materializou nesse artigo (que, olha a ironia, achei numa rede social). Acho que seu parágrafo final resume o nosso dilema hoje e confesso que ainda não tenho uma resposta pra ele: O que fazer quando trabalhamos com público mas não queremos ser tragados por essa onda?

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Hey, Carol, eu também venho muito incomodado com relação a como as redes nos forçam a ser de um certo jeito em busca de um engajamento meio esquisito. Sinto uma certa ansiedade, uma pressa, um desespero por aprovação. Acho horrível.

Mas antes de fechar meu comentário, uma nota... o texto é uma tradução, no começo do artigo tem o link original, se quiser acompanhar o autor também. Um abraço!

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Sim, estava na nota, obrigada por me lembrar! Vou acompanhá-lo :)

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MUITO INTERESSANTE. Não conhecia o Nikocado, mas vi muito esse tipo de sequestro de fato com youtubers/influenciadores de política, em especial após a "polarização" Lula x Bolsonaro - os discursos se tornando cada vez mais extremos, o que me afastou bastante do debate. Ademais dá aquele ranço quando abrimos a página inicial de um canal ou um perfil no instagram/facebook e lemos "mãe/pai de família, cristão, conservador...". Por que essa necessidade de se definir? Por que demarcar sua própria identidade e, com isso, deixá-la mais engessada? De fato, parece que é uma forma de determinar a si mesmo, cercar suas próprias palavras, ideias e atitudes para atender às expectativas do público.

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Ótima reflexão, gostei demais!

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O tédio excessivo do meu trabalho em escritório administrativo tem sido preenchido com seus textos, muito bem escritos e transparentes.

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Hey, Andrei! Que legal ouvir isso. Espero que em algum ponto os textos te incentivem a encontrar sentido na sua rotina de alguma maneira. Um abraço forte!

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Tudo isso me levou a fazer uma relação com o conceito de “O grande Outro”, de Lacan. Não sou a melhor pessoa para falar sobre, mas resumidamente, o grande Outro seria esse lugar que a linguagem ocupa, onde o sujeito se forma enquanto Eu. E esse grande Outro pode ser encarnado, a princípio, na figura da mãe e, mais tarde, na ideia e na invenção de um Deus, que são justamente essas figuras “perfeitas”. Me parece que, no caso do artigo, a audiência encarna no lugar desse grande Outro ao ponto de condenar uma identidade para o sujeito. Acho que é dessa ordem mesmo, de uma condenação, e é bem assustador.

Acho interessante que cheguei na tradução desse artigo sem querer justamente no momento que estou começando a minha newsletter, o que redobra a minha atenção e a minha cisma com esses efeitos colaterais que a criação de conteúdo pra internet nos traz. No mais, adorei seu trabalho e vou continuar por aqui acompanhando tudo!

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