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Olha a coincidência, essa semana escrevi sobre a importância das vitrolas na luta contra a ansiedade. Há todo um ritual em escutar um vinil que subverte a lógica digital. Vejo que você abordou sobre outra perspectiva, a da estética. Lutar contra um marketing estético pulsante é um exercício de renúncia mesmo, nem sempre fácil. Porém hoje vejo que cada dia sou menos objeto e mais rio, vento, ar, árvore. E do nosso consumismo, vejo que nasce também uma ideia identitária de nos vermos separados do outro, sem falar dos rios que estão secando e do ar que está rarefeito. Mas que uma vitrola e uma coleção de vinis são de uma boniteza, não a de se negar. Ótimo texto.

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Que ótimo texto, me vi em muitos momentos nele. Por mais que ter "racionalidade" sobre determinados momentos que consumo seja regra, às vezes, por termos levado uma vida difícil financeiramente, é uma batalha constante "se dar pequenos luxos". Sempre lembro de um trecho da música "Quadros" do Bk:

"E a falta do básico, nos fez querer ter mais que o necessário

Salário baixo e sonhos de um milionário

Meu desejo virou meu adversário"

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ultimamente, tenho conseguido controlar bem mais os desejos. reflito tanto sobre as coisas que quero/preciso comprar que acabo, muitas vezes, "desquerendo" ou "desprecisando".

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minha atual fixação são cartazes de cinema. estou em sofrimento, pois os que gostaria de ter não consigo imprimir em alta resolução para ter do tamanho que imaginei pendurado em minha parede. me vi em muito coisa que você escreveu.

sou suspeita para falar, mas acho que uma vitrola nova seria um consumo bom.

um beijo.

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