Seu texto traduz demais o que ando sentindo nos últimos tempos. Custa cada vez mais caro se arriscar, mas também custa cada vez mais caro se anular. Espero que a gente continue criando e fazendo dos dias algo mais significativo 😊
Sim, maluca demais... Depois desse 39 tem também o 54, o momento que estou agora, refazendo as coisas meio que do zero e entendendo que, o que te move tem de ser também aquilo que suporta a sua sanidade, acima de muitas coisas que depois dos trinta te fazem ter uma visão encurtada do tempo e de como ele passa sim muito rápido.
Sabe que trabalho com tradução técnica há quase 20 anos, já passei por incontáveis áreas. Não percebi nenhum incômodo em estar usando minhas habilidades e criatividade num manual para operadores de empilhadeira ou relatório de criadores de suínos. Sempre fui para o lado do "que bom que encontrei uma carreira para trabalhar com palavras e idiomas". Dito isso, foi só quando comecei a criar meus próprios textos e assumir um lugar de autoria recentemente que me dei conta de que a tradução também era um tipo de escrita. Passei a ter mais orgulho dela 😊
Pra mim, por incrível que pareça, foi bom quando voltei a trabalhar com design por causa do UX. Tirar a pressão da escrita me fez ganhar de novo potência criativa. É legal observar essas diferenças nos processos, né?
Adoro tua escrita.. suas palavras tocam em um lugar profundo em mim... Especialmente esse trecho: "Ser introspectivo tem dessas coisas: a gente passa muito tempo dentro, pensando, refletindo, conjecturando, buscando. Nem sempre é uma festa." Diz muito do que sou e sinto sobre isso. Gratidão
May, obrigado pelo comentário carinhoso. Tenho percebido muita gente ressoando com esses trechos sobre introspecção. Acho que vou acabar falando um pouco mais sobre isso. :)
Muito bom. Seu texto me remeteu ao “Arte e medo: observações sobre os desafios (e recompensas) de fazer arte”, que achei uma leitura bastante libertadora.
“Alguém um dia igualará a genialidade de Mozart? Não. Obrigado – agora, podemos continuar nosso trabalho?”
Me identifiquei com seu texto, também voltei a escrever como forma de expressão e agora publicar novos e antigos que não merecem ser guardados na gaveta ou na estante. Siguimos com o vento ou sem ele num barco não afundado.
Seu textonme fez pensar no quanto nosso tempo é importante, no que faz mover nossa escrita. E, por muito tempo andei abdicando de minha escrita, meio que sem forças para por no papel minhas ânsias e necessidades. E seu texto me fez ver o quanto é importante não abandonar nossa escrita. Um abraço.
puxa, que texto profundo... me fez sentir e conectar com muitas partes da minha história. obrigada por dividir o teu sentir e a tua relação com a escrita.
Não importa quantas vezes eu escreva, é sempre uma surpresa ver como as pessoas se conectam quando a gente abre o coração. Feliz demais que te tocou, Carolina.
Eu tenho pensado nisso. Sou programador e naturalmente trabalho para alguém. Porém, hoje com 34 e já com 10 anos vivendo assim, penso em talvez tentar seguir alguma direção completamente minha. Usar a técnica para alguma invenção própria, talvez como "solopreneur". Mas a tendência a me auto-sabotar é grande, ao pensar que é muito difícil, ou que não tenho habilidades suficiente. O que pode até ser verdade, mas se não tentar abrir algum caminho nesse sentido eu nunca vou descobrir.
É, Augusto, o importante é fazer com cautela pra também não meter os pés pelas mãos. Mas ainda assim, como falei no texto, o tempo existe, mas não quer dizer que não apareçam desafios próprios dessa nova fase da vida.
pra mim, faz uma grande diferença. hoje sei que o que me fisga mesmo é o processo artístico, mas me demandou muita experimentação e alguns burnouts pra entender.
Esperar que um escritor fique feliz por simplesmente estar escrevendo, independente do quê, é o mesmo que não conseguir entender por que um piloto de Fórmula 1 seria infeliz sendo motorista de Uber. Não é porque é um volante nos dois casos que dá no mesmo!
Interessante demais o texto, venho também me reconectando com a escrita, por meio de diário, e exercitando minha criatividade com colagens, que parece coisa “besta” pra uma adulta, mas como não sei desenhar bem, vou recortando e colando adesivos e imagens que encontro e compondo “quadros” em meus cadernos, a maioria retratando aventuras ou lugares que quero conhecer. Esse momento de introspecção, reflexão e criação tem me feito muito bem, desacelero e consigo estar mais presente, tanto no momento da atividade em si como nas outras tarefas diárias e com meu filho.
nossa, eu acho colagem uma arte incrível, sabia? e atualmente, com a edição digital e IA fazendo milagres, acho que se torna algo ainda mais interessante. fiquei até curioso pelo seu trabalho. já pensou em compartilhar com a gente numa newsletter? :)
Ei Luri, a primeira vez que me recordo de pensar que estava em depressão e buscar ajuda faz alguns bons anos, porém, me recordo de uma pergunta que a psicóloga me fez "você está fazendo algo que você gosta?". É uma pergunta simples com um poder imenso. Até hoje quando entro no furacão da rotina do dia a dia busco me policiar e lembro dessa frase.
Iuri, belíssimo texto para ilustrar as inúmeras transições que passamos pela vida em busca do que faz sentido para nossa alma. Transformar uma paixão em trabalho nem sempre é tão simples, pois dentre tantos "comos" se fazer isso acabamos nos perdendo, mas a experimentação com certeza é uma estratégia mais do que válida aqui :)
Abertura pra experimentação é mesmo o caminho. Se tem algo que venho aprendendo é que ler um texto como esse meu só serve pra apontar uma direção, mas é lidando com o dia a dia sem perder o pé no chão que as coisas vão acontecendo devagarinho. :)
Seu texto traduz demais o que ando sentindo nos últimos tempos. Custa cada vez mais caro se arriscar, mas também custa cada vez mais caro se anular. Espero que a gente continue criando e fazendo dos dias algo mais significativo 😊
"Custa cada vez mais caro se arriscar, mas também custa cada vez mais caro se anular".
Essa frase foi tão boa que até lamentei não ter ela no texto. Hahaha
Que nós possamos continuar, Virgínia! :)
"Ao cortar a linha de chegada dos 30 anos, eu me sentia privado de algo" tocou muito aqui essa parte.
Me emocionei pois, me vi nesse texto, no meu caso, 39.
Agradecida pelo belo texto, super amei e me identifiquei muito com ele.
Continuemos fazendo da nossa escrita algo fluida e que vem de alma. Obrigada
Experiência ajuda mesmo. :)
A vida é tão maluca, né? Num dia você tem 19 e no outro tem 39. Te entendo muito. :)
Sim, maluca demais... Depois desse 39 tem também o 54, o momento que estou agora, refazendo as coisas meio que do zero e entendendo que, o que te move tem de ser também aquilo que suporta a sua sanidade, acima de muitas coisas que depois dos trinta te fazem ter uma visão encurtada do tempo e de como ele passa sim muito rápido.
Sabe que trabalho com tradução técnica há quase 20 anos, já passei por incontáveis áreas. Não percebi nenhum incômodo em estar usando minhas habilidades e criatividade num manual para operadores de empilhadeira ou relatório de criadores de suínos. Sempre fui para o lado do "que bom que encontrei uma carreira para trabalhar com palavras e idiomas". Dito isso, foi só quando comecei a criar meus próprios textos e assumir um lugar de autoria recentemente que me dei conta de que a tradução também era um tipo de escrita. Passei a ter mais orgulho dela 😊
Que bonito!
Pra mim, por incrível que pareça, foi bom quando voltei a trabalhar com design por causa do UX. Tirar a pressão da escrita me fez ganhar de novo potência criativa. É legal observar essas diferenças nos processos, né?
Adoro tua escrita.. suas palavras tocam em um lugar profundo em mim... Especialmente esse trecho: "Ser introspectivo tem dessas coisas: a gente passa muito tempo dentro, pensando, refletindo, conjecturando, buscando. Nem sempre é uma festa." Diz muito do que sou e sinto sobre isso. Gratidão
May, obrigado pelo comentário carinhoso. Tenho percebido muita gente ressoando com esses trechos sobre introspecção. Acho que vou acabar falando um pouco mais sobre isso. :)
Muito bom. Seu texto me remeteu ao “Arte e medo: observações sobre os desafios (e recompensas) de fazer arte”, que achei uma leitura bastante libertadora.
“Alguém um dia igualará a genialidade de Mozart? Não. Obrigado – agora, podemos continuar nosso trabalho?”
Opa, não conhecia. Já foi pra minha lista. Valeu pela dica, Rodrigo! :)
Disponha! Falei um pouco dele aqui, caso queira um spoiler 😅 https://open.substack.com/pub/rodrigopadrini/p/arte-medo-e-essa-coisa-de-criar?r=1gh08&utm_medium=ios
Me identifiquei com seu texto, também voltei a escrever como forma de expressão e agora publicar novos e antigos que não merecem ser guardados na gaveta ou na estante. Siguimos com o vento ou sem ele num barco não afundado.
A experiência de fazer arte já é a recompensa. Que nosso barco possa seguir velejando por muito tempo. :)
Seu textonme fez pensar no quanto nosso tempo é importante, no que faz mover nossa escrita. E, por muito tempo andei abdicando de minha escrita, meio que sem forças para por no papel minhas ânsias e necessidades. E seu texto me fez ver o quanto é importante não abandonar nossa escrita. Um abraço.
Considerando que a educação de homens é muito orientada a aprender a reprimir as emoções, a escrita pode ser um alento e tanto.
puxa, que texto profundo... me fez sentir e conectar com muitas partes da minha história. obrigada por dividir o teu sentir e a tua relação com a escrita.
Não importa quantas vezes eu escreva, é sempre uma surpresa ver como as pessoas se conectam quando a gente abre o coração. Feliz demais que te tocou, Carolina.
Celebro que tu tenha encontrado novamente espaço para te conectar com a escrita como uma artesania que se basta por si só. ❤
Hey, Tales! Bom ver vc por aqui. Seguimos sempre na labuta. ;)
Excelente! Me identifiquei e me emocionei com essas sábias palavras! Obrigado pelas reflexões! 🙏🏻
Hey, Eduardo! Que bom que revirou algumas coisas por aí. :)
Eu tenho pensado nisso. Sou programador e naturalmente trabalho para alguém. Porém, hoje com 34 e já com 10 anos vivendo assim, penso em talvez tentar seguir alguma direção completamente minha. Usar a técnica para alguma invenção própria, talvez como "solopreneur". Mas a tendência a me auto-sabotar é grande, ao pensar que é muito difícil, ou que não tenho habilidades suficiente. O que pode até ser verdade, mas se não tentar abrir algum caminho nesse sentido eu nunca vou descobrir.
Nunca é tarde para seguir outra rota. A experiência que você tem servirá como uma base robusta para o que poderá crescer depois. Vá voar!
É, Augusto, o importante é fazer com cautela pra também não meter os pés pelas mãos. Mas ainda assim, como falei no texto, o tempo existe, mas não quer dizer que não apareçam desafios próprios dessa nova fase da vida.
entendo o que você diz. a diferença entre escrever o que a gente quer (porque gosta) e o que precisa (porque é trabalho) parece sutil, mas não é.
pra mim, faz uma grande diferença. hoje sei que o que me fisga mesmo é o processo artístico, mas me demandou muita experimentação e alguns burnouts pra entender.
Esperar que um escritor fique feliz por simplesmente estar escrevendo, independente do quê, é o mesmo que não conseguir entender por que um piloto de Fórmula 1 seria infeliz sendo motorista de Uber. Não é porque é um volante nos dois casos que dá no mesmo!
pois é, fábio, sinto o mesmo.
Interessante demais o texto, venho também me reconectando com a escrita, por meio de diário, e exercitando minha criatividade com colagens, que parece coisa “besta” pra uma adulta, mas como não sei desenhar bem, vou recortando e colando adesivos e imagens que encontro e compondo “quadros” em meus cadernos, a maioria retratando aventuras ou lugares que quero conhecer. Esse momento de introspecção, reflexão e criação tem me feito muito bem, desacelero e consigo estar mais presente, tanto no momento da atividade em si como nas outras tarefas diárias e com meu filho.
nossa, eu acho colagem uma arte incrível, sabia? e atualmente, com a edição digital e IA fazendo milagres, acho que se torna algo ainda mais interessante. fiquei até curioso pelo seu trabalho. já pensou em compartilhar com a gente numa newsletter? :)
Ei Luri, a primeira vez que me recordo de pensar que estava em depressão e buscar ajuda faz alguns bons anos, porém, me recordo de uma pergunta que a psicóloga me fez "você está fazendo algo que você gosta?". É uma pergunta simples com um poder imenso. Até hoje quando entro no furacão da rotina do dia a dia busco me policiar e lembro dessa frase.
Iuri, belíssimo texto para ilustrar as inúmeras transições que passamos pela vida em busca do que faz sentido para nossa alma. Transformar uma paixão em trabalho nem sempre é tão simples, pois dentre tantos "comos" se fazer isso acabamos nos perdendo, mas a experimentação com certeza é uma estratégia mais do que válida aqui :)
Abertura pra experimentação é mesmo o caminho. Se tem algo que venho aprendendo é que ler um texto como esse meu só serve pra apontar uma direção, mas é lidando com o dia a dia sem perder o pé no chão que as coisas vão acontecendo devagarinho. :)
Trabalho e escrevo sobre transições se tiver curiosidade em fazer uma visita nos meus textos ;)
Que interessante, Kelly. Transições de carreira? Vou dar uma olhadinha aqui.
Isso! Trabalho é só a ponta do iceberg na verdade ;)