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Lindo texto, linda referência cinematográfica, linda reflexão. Fiz uma vez um curso de uma mulher com um currículo cheio de títulos, das universidades mais badaladas do mundo. Ela foi voluntária no Haiti após aquele grande terremoto e o dia em que ela se sentiu mais útil não foi aquele em que distribuiu comida ou remédio, por mais importante e urgente que isso fosse. Foi o dia em que ela improvisou uma festa. Todo mundo achou estranho, até que uma criança sorriu, e outra, e outra, contagiando os adultos. O objetivo dela era mostrar que para fazer a diferença nós não precisamos de grandes ações, só de movimento. Um pequeno gesto pode transformar uma pessoa. De uma em uma, uma comunidade inteira se transforma. Senti isso na pele em uma crise existencial. Uma conhecida me convidou para um almoço e, sem fazer críticas ou julgamentos, perguntou: como posso te ajudar? O que vc procura ou precisa? Nunca me esqueci disso, de como uma "estranha" me enxergou e me estendeu a mão.

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Hoje dois dos meus melhores amigos são pessoas que conheci por puro interesse egoísta: um grupo de escrita. A ideia inicial era só ter gente pra nos instigar a escrever e tb dar aquela canetada necessária, apontando deslizes e possibilidades de melhoria.

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Nov 8, 2022·editado Nov 8, 2022Curtido por Luri

Tenho pensado bastante sobre o trabalho voluntário ou envolvimento com um projeto/causa que me motive. As obrigações (mal)pagas e o desejo por ter um tempinho de respiro ainda não me deixaram pensar direito nisso, mas vou seguindo sem desistir.

Obrigadão pelo texto!

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Meu trabalho voluntário se tornou trabalho-trabalho e isso muda tudo, né? Apesar de ser super recompensador, por ser uma ONG (o Movimento AMPLIA, pra registrar). Tô pensando como dar cursos do que eu conheço, mas o difícil é decidir do que, rs. Mas acho que esse é um sinal pra eu voltar a pensar nisso!

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