Uma questão de confiança (preciosidades sobre escrita por Ursula K. Le Guin)
Nada como aprender com quem realmente sabe do que está falando.
Nota: Esse texto é parte dos benefícios para apoiadores. Estou compilando as notas das minhas leituras como publicações exclusivas. Se você gostar dessa edição, gostaria de pedir seu apoio ao Puxadinho. Isso me ajuda a abrir espaço na agenda pra continuar trazendo estudos e outras das minhas obsessões pra você. :)
Como bom nerd virjão que sou, eu amo fantasia. Desde pequeno, adoro ter minha imaginação levada por histórias em mundos que não existem. A Ursula K. Le Guin é uma das maiores escritoras desse gênero a caminhar sobre a terra. É simples assim.
Ela é autora de livros como O Feiticeiro de Terramar, A Mão Esquerda da Escuridão e Os Despossuídos, com sua linguagem filosófica e poética, capaz de lançar verdades profundas em meio a histórias cheias de dragões e magia.
Enquanto eu estava fuçando informações sobre a masterclass do Neil Gaiman, vi em meio a uma lista de indicações dele um livro com uma coletânea de ensaios e falas da Ursula Le Guin, chamado “The wave in the mind” (algo como “A onda na mente”). Imediatamente senti o chamado: “eu preciso ler isso!”
O livro inteiro é repleto de pérolas. É lindo! Ela trata de alguns temas como a sua infância em meio a uma família de antropólogos — o que a fez ter bastante contato com povos nativos norte americanos; sua visão sobre política, feminismo, idade; sobre o poder da imaginação mas, principalmente, sobre a escrita. Ela me fisgou ao extremo.
Como falei, o livro é um repositório da genialidade da Ursula falando em um formato de não-ficção. Tem coisa demais a destacar, é tão bom que estou aqui me repetindo na tentativa de transmitir o quanto eu achei estimulante, bonito, provocativo.
Por isso que decidi citar alguns trechos que destaquei durante minha leitura do ensaio “A Matter of Trust” (“Uma questão de confiança”, em tradução livre). Eu gostaria de trazer tudo o que gostei do livro na íntegra, mas aí seria basicamente pirataria, dado o volume de grifos que eu fiz. Então, dentro do contexto da newsletter, escolher um dos ensaios para discutir faz sentido pra mim.
Além disso, o fato de que agora tenho um Kindle foi um catalisador. Ele lista todos os grifos de forma que dá pra copiar pelo computador depois, o que facilita a tarefa de transcrever esses petiscos das minhas leituras. Por meio de livros físicos, essa seria uma tarefa repetitiva e chata que eu com certeza evitaria até o fim dos tempos.
É por isso que, graças ao advento milagroso da tecnologia, decidi começar a fazer esse formato para os apoiadores do Puxadinho. Ou seja, daqui pra frente, pretendo compilar grifos dos escritos com os quais vou esbarrando nos meus estudos e trazer pra você como parte das entregas para assinaturas pagas.
Sempre que achar pertinente, também pretendo adicionar notas e ir contando o que achei do trecho ou porquê ele me chamou atenção.
Pense nesse formato como se você pudesse ler meus rabiscos pelas margens de um livro que emprestei. ;)
De qualquer forma, chega de digressões. As citações que separei estão depois do paywall. Para ver, é só apoiar o Puxadinho aqui.