Nota: Estou compilando as notas das minhas leituras como publicações exclusivas. Se você gostar dessa edição, gostaria de pedir seu apoio ao Puxadinho. Isso me ajuda a abrir espaço na agenda pra continuar trazendo estudos e outras das minhas obsessões pra você. :)
Esse texto é parte dos benefícios para apoiadores. Veja todos os textos exclusivos aqui.
Todo mundo conhece o Austin Kleon por causa de um livrinho cheio de rabiscos, o Roube Como um Artista. É bem provável que em algum lugar da sua estante tenha uma cópia que você comprou ou ganhou de alguém. É exatamente o meu caso.
Mas, um pouco menos popular — embora nem tanto —, também tenho na minha estante o Mostre Seu Trabalho. Depois de ler o The Wave In The Mind, da Ursula K. Le Guin; e o The Starting Point, do Miyazaki, tomava meu café e, de longe, as letras amarelas da lombada do livrinho do Austin Kleon saltaram aos meus olhos. Coincidentemente, ou não, eu estava produzindo meu workshop de Autoedição e, por isso, o tema me pareceu bastante oportuno.
O Mostre Seu Trabalho é um livro que, na minha opinião, tem bastante potencial para ser útil se você for como eu: uma pessoa apaixonada por arte e, ao mesmo tempo, com um certo bloqueio para colocar a cara no mundo e vender.
Eu, confesso, sou cheio de preconceitinhos com o pensamento publicitário. Quando vejo alguém tentando me empurrar um produto, sou o primeiro a pular fora. São raros os artistas (ou produtores de conteúdo) que, na minha opinião, conseguem acertar o equilíbrio, oferecendo algo legítimo sem soar como se estivessem forçando uma Tekpix goela abaixo. Talvez, por isso, eu tenha tanto receio de tatear esse território. É o famoso medo de me tornar aquilo que mais odeio.
Algo que me pegou na leitura é o fato de que o livro tem um tom super estadunidense na forma de ensinar. Por isso, é estruturado como uma lista de dicas e carrega um jeito de dizer, com uma forma de pensar meio empreendedora que me dá um rancinho. Ao mesmo tempo, não sou do tipo que joga fora a água do banho com o bebê junto. Então, decidi encarar assim mesmo e separar o joio do trigo.
Fico feliz que dei a chance. Li o livro anos atrás, mas abordar um escrito com a ideia de estudá-lo é totalmente diferente. No final das contas, apareceram várias ideias bem legais que me acenderam fagulhas positivas.
Então, aqui embaixo vai algumas citações que achei preciosas — com comentários — e que compartilho no espírito de que sejam úteis por aí também.